sábado, 3 de outubro de 2015

Crescer

Ilustração: Paola Saliby



    Sábias palavras as de Tio Ben quando disse que “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Piegas também, mas muito, muito verdadeiro. Estou numa fase da minha vida em que preciso aprender a conquistar minha liberdade, cuidar da minha própria vida, mas tentando fazer isto estão surgindo uma série de coisas que demandam a minha atenção e exigem muito de mim. Tudo para ter a minha autonomia.
      Mal comecei a tentar cuidar da minha vida de maneira mais abrangente, e já estou tentando ter uma vida mais simples. Não é exagero: tenho a sensação de que se a gente deixa, o mundo nos engole, e aí viramos aquele robozinho que deixa as coisas que lhe fazem feliz de lado, tudo em nome de cumprir as obrigações. Ter responsabilidade é necessário (porque senão as coisas viram uma zona), mas o que nunca nos ensinaram é de cuidar também da sua qualidade de vida, do seu bem estar. Esse jogo de cintura é difícil, mas ele é o meu maior desafio atualmente. Parece até algo que percebi durante as aulas de Desenvolvimento Adulto: esse período da vida parece muito simples, mas é que as mudanças são mais internas. No meio tá tudo um caldeirão. 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Minha relação com o consumo

    
fonte: https://mintyandpeaches.files.wordpress.com/2011/10/messy-closet-jpg.gif



    Até bem pouco tempo atrás, eu nunca tinha parado pra pensar na minha relação com as compras. Mas sempre entrava nas lojas, ficava perguntando o preço de zilhões de produtos e ficava literalmente angustiada, se eu metia na cabeça que “precisava” de alguma coisa. Enquanto isto, o guarda-roupa que no mesmo dia da arrumação já estava uma zona; aquelas peças que só combinavam com alguma outra específica, e aí eu, mais uma vez, metia na cabeça que pre-ci-sa-va de determinada coisa pra ter mais uma opção com aquela roupa que só combinava com uma peça. E era infinitamente nesse ciclo.
    Até que um dia eu fui numa loja de departamentos com a minha mãe, comprar umas roupas que eu teoricamente estava “precisando”.  Quando fomos ver o preço, tomei um susto. Sabe quando você literalmente tem um estalo? Fiquei chocada que aquelas pecinhas tivessem dado um valor tão absurdo (e olhe lá que eu não compro coisas caras). Após esse primeiro choque, não sei se fui atrás ou se simplesmente comecei a prestar mais atenção em notícias sobre o trabalho escravo na indústria têxtil. Fui ficando cada vez mais chocada, e com mais vontade de tentar melhorar esse meu lado. Comprar com mais consciência, não alimentar uma indústria frequentemente tão cruel.
    Mas ainda tinha o maldito consumismo, aquela vontade louca de comprar, que me fazia deixar pra lá todos esses valores que eu estava tentando construir. Até que uma hora percebi: pra conseguir consumir de empresas mais honestas, que não enveredavam por esse caminho sujo, eu precisava consumir menos enlouquecidamente. Pensar direitinho no que vou querer, e usar muito bem tudo o que eu tenho. Em resumo, mais consciência, mais criatividade nas combinações e um melhor uso do próprio dinheiro (a minha descoberta de sites sobre planejamento financeiro e a minha percepção da necessidade de poupar também ajudaram nessa parte). A solução eu encontrei por acaso, navegando pelo Teoria Criativa: o armário-cápsula. O que é e como estou fazendo o meu? Aguardem as cenas dos próximos capítulos!





sábado, 13 de junho de 2015

Fundação - Isaac Asimov

    Este livro foi a primeira ficção científica que eu li do início ao fim (com exceção de O Guia do Mochileiro das Galáxias, mas este está mais para humor). Não sei se foi a falta de hábito ou a pressa de ler (Fundação era a escolha da vez em um clube do livro do qual participo), mas alguns trechos foram bastante confusos, apesar de terem sido esclarecidos pelo epílogo.
    Fundação foi uma obra que me entreteu muito, e apesar de se passar em um futuro ultra-distante, no qual as pessoas viajam de um planeta para o outro com a maior facilidade, os jogos políticos me pareceram extremamente atuais. Com relação ao enredo, senti falta de personagens femininas relevantes. Infelizmente isto é compreensível, pelo livro ter sido escrito na década de 50.  A obra de Asimov era uma surpresa a cada capítulo, e ainda tem duas continuações que pretendo ler. É interessante, divertido e enriquecedor. Recomendo!

terça-feira, 9 de junho de 2015

A week, two songs

    Semanalmente, pretendo colocar aqui duas músicas nas quais fiquei viciada: uma nacional e uma estrangeira. Uma ótima oportunidade para conhecer bandas brasileiras não tão conhecidas assim, não é? ;)



                                         Gim - Reverbera


Uma palavra: apaixonada. Ouvi esta música incansavelmente, e acho que ainda quero ouvi-la 2736236 vezes seguidas.



What You Know - Two Doow Cinema Club


Dançante, divertida e gostosa de ouvir. A música perfeita para uma tarde batendo perna naquela cidade que você ama.





Sugestões? Coloca aí embaixo! :D



terça-feira, 19 de maio de 2015

Número um


                                                                  Eu mesma, algum lugar em 2012 (acho)


    Escrevo este post com o início de uma dorzinha de cabeça e depois de postergá-lo muitas vezes, não sei se por resistência ou preguiça. A dúvida se eu vou conseguir dar continuidade à este espaço, antes mesmo de começar. Mas fazer o que, quando o tempo é tão curto para as coisas que tenho que fazer? Finalmente coloco uma música e resolvo escrever, para corrigi-lo daqui há alguns dias.  É impressionante o quanto sou prolixa, mas sei lá, achei necessário começar contando o processo.
    Enfim, este é um espaço onde eu quero conversar. Mostrar coisas novas (ou nem tanto) que encontrei por aí, retomar o hábito de escrever, voltar a fazer uma coisa que me fazia muito bem. Escrevo desde a pré-adolescência, e apesar de não fazê-lo tão bem (seja por falta de prática ou de talento), gosto muito. Parei por um longo tempo, necessário para que eu refletisse a respeito do que quero mostrar, já que acho que antigamente eu me expunha demais em alguns textos. E apesar da prática perdida, este tempo foi necessário para amadurecer as ideias. Sejam bem-vindos à este cantinho! Se acheguem, dêem dicas, critiquem, vamos conversar. :D



Escrito ao som de Elephant Gun e Postcards From Italy - Beirut